De forma inovadora, o presente livro investiga dois dos maiores problemas da sociedade brasileira: o autoritarismo (rechaço à democracia) e o patrimonialismo (negação da res publica), a partir da interpretação de 40 textos que marcaram o pensamento da intelectualidade brasileira.Com muita leveza, ecletismo e riqueza de informações, o autor percorre os cinco séculos da história brasileira, apresentando tanto a contribuição vinda da literatura como a presente nos relatórios oficiais de Pero Vaz de Caminha e de Graciliano Ramos prefeito, na poesia de Gregório de Matos, na historiografia de Frei Vicente do Salvador, no sermão de Padre Antônio Vieira, nos contos de Machado de Assis e Guimarães Rosa, nos projetos para o país de José Bonifácio de Andrada, Tavares Bastos e Joaquim Nabuco, no livro de viagem de Stefan Zweig, nos romances de Euclides da Cunha, Lêdo Ivo e Erico Veríssimo, nas crônicas satíricas de Tomás Antônio Gonzaga, Lima Barreto e Mário de Andrade, e nas peças teatrais de Ariano Suassuna e Dias Gomes, assim como a contribuição oriunda das obras clássicas do meio acadêmico brasileiro, como as de Gilberto Freyre, Caio Prado Júnior, Sérgio Buarque de Holanda, Victor Nunes Leal, Raymundo Faoro, Celso Furtado, Roberto DaMatta, Darcy Ribeiro, Florestan Fernandes e Simon Schwartzman; de textos quase esquecidos, como do conservador Oliveira Vianna, do modernista Paulo Prado, do comunista Octávio Brandão, do liberal José Osvaldo de Meira Penna, das sociólogas Maria Isaura