Quero ressaltar, o escrito deixa isso muito claro, que o teor prescritivo com que a juridicidade colore os tópicos da classificação não se restringe às posições, subposições, itens e subitens ali arrolados, mas também às regras de interpretação que integrando o corpo de dispositivos da NCM compõem o texto desse expediente classificatório, motivo pelo qual, trazidas para o direito positivo brasileiro, não mais orientam ou simplesmente descrevem os procedimentos para situar dado objeto em meio aos pontos da tabela. Ao contrário: com o timbre imperativo que a ordem jurídica lhes confere, prescrevem como se deve interpretar os preceitos classificatórios, ordenando às autoridades competentes o modo pelo qual devem produzir os atos aduaneiros, para promover a subsunção dos vários objetos nas classes correspondentes. Firmadas essas premissas, sobressai o entendimento de que as regras gerais de interpretação do SH, bem como as demais notas explicativas, acrescidas das disposições interpretativas da NCM, a despeito do tom descritivo que seus nomes sugerem, devem ser compreendidas como discurso prescritivo e integrante do direito posto, uma vez que a ele foram incorporadas pela adoção dessas classificações nas regras-matrizes dos tributos incidentes sobre a importação. E Milton Carmo de Assis Júnior aproveita o ensejo para chamar a atenção sobre o uso apressado que não distingue a classificação no âmbito das relações sociais e no plano das relações jurídicas. Por desconhecer as normas
Editora | EDITORA QUARTIER LATIN |
Edição | 1ª |
Ano da Edição | 2016 |
Autor | ASSIS JUNIOR, MILTON CARMO |
EAN13 | 9788576748076 |
ISBN | 8576748076 |
Páginas | 236 |