'Os meios artísticos não gostam da economia, escreve Xavier Greffe no início deste livro. Poderia ter dito também que os meios artísticos (e culturais) recusam a ideia de que a arte (ou a cultura) seja pensada em termos de economia e, menos ainda, submetida ao sistema econômico. Não aceitam tampouco que a lógica econômica esclareça aspectos centrais das atividades artísticas. O grande medo por trás dessas recusas é que a economia, disciplina imperialista como ele diz, possa impor à arte seus valores e princípios. O problema, porém, é que a arte não escapa da dimensão econômica. Não só hoje como, para não ir mais longe, na Renascença, quando o preço mais alto de certos pigmentos, como o azul, determinava a combinação de cores de uma pintura muito mais e para muito além de considerações estritamente estéticas. A arte buscou durante muito tempo sua autonomia - diante da religião e, depois, do Estado. O mercado foi a grande alternativa, sobretudo depois que, graças a ele, os artistas puderam dispensar até mesmo as encomendas específicas que recebiam dos compradores particulares e passar a criar o que bem entendessem, cabendo ao mercado, num segundo momento, comprar ou não o que haviam feito. Cada uma dessas etapas de liberação tem seu valor e seu preço econômicos. Neste estudo, Xavier Greffe põe em evidência os encantos e desencantos do artista diante das diferentes esferas das quais dependeu e depende. Uma parte importante de seu livro é dedicada às relações da arte com a econom
Editora | EDITORA ILUMINURAS |
Edição | 1ª |
Ano da Edição | 2013 |
Autor | FREFFE, XAVIER |
EAN13 | 9788573214147 |
ISBN | 8573214147 |
Páginas | 359 |