A incerteza molda o futuro, trazendo angústia, talvez suavizada pela capacidade de fazer as perguntas certas. A reflexão de Kai-Fu Lee, em obra traduzida há alguns anos, destaca que, ao tentar entender o futuro da inteligência artificial, somos como crianças, cheios de perguntas e preocupações. O livro visa ajudar na formulação desses questionamentos e sugerir respostas para situações hipotéticas, muitas vezes baseadas em dados surpreendentes.
Entre outros temas relevantes, a obra trata do direito fundamental à proteção de dados pessoais, questionando se esses dados envolvem aspectos patrimoniais, além do existencial. Também aborda a reparação de danos extrapatrimoniais, o compartilhamento não autorizado de imagens íntimas, e a tutela póstuma dos direitos da personalidade. Além disso, discute o direito à imagem e à voz e suas relações com a inteligência artificial, especialmente em um contexto de avanços tecnológicos.
Quanto à relevância do livro, é importante lembrar que tecnologias como os pagamentos digitais e serviços de compartilhamento de bicicletas e caronas revelam comportamentos e dados do consumidor, permitindo um mapeamento detalhado da vida cotidiana. As questões são complexas, e este livro propõe uma análise cuidadosa e corajosa dessas dinâmicas, com destaque para o comprometimento de todos os envolvidos na obra. O compromisso com a qualidade das pesquisas e ensaios é inegociável, desde a concepção do projeto editorial.
