Encerrado o século XX, marcado pela taylorização e pela fordização na indústria e nos serviços, qual o processo produtivo que caracteriza o mundo atual? Este livro aborda esta difícil questão e desconstrói algumas das engrenagens da dominação do capital em seu locus por excelência - o espaço produtivo. Revela os elementos constitutivos da desmedida empresarial que pauta o trabalho nas empresas ditas 'modernas'. A autora realiza um estudo empírico e teórico da lógica produtiva na França, país onde há uma tradição de resistência dos trabalhadores. A partir de referências como o período do Welfare State, no imediato pós-guerra, e a explosão revolucionária do 1968 parisiense, Linhart oferece elementos para se compreender, hoje, a armadilha da individualização introjetada pelo capital no trabalho, a 'participação' nos limites da lógica empresarial, além de outros mecanismos de envolvimento que são o dia-a-dia das empresas.