Dizem que a justiça só existe no inferno, e é lá que, como se sabe, devem-se depositar todas as esperanças. Os absurdos, os horrores e os brilhos da aplicação de nossas leis sempre preencheram lousas de pedra, decretos e colunas. Eles fazem inchar de raiva nossas artérias e algumas vezes cuidam para que tenhamos um pouco de satisfação com a desgraça alheia e bom humor geral.Para os juristas, não há pessoas meio loucas, escreve Musil. Mas até que ponto vai a irresponsabilidade da jurisprudência?Uma antologia para todos que sempre souberam disso, os ainda íntegros e os já prejudicados profissionalmente.