'Documentos até pouco tempo atrás inéditos ou não-traduzidos revelam ao leitor em que medida Heidegger se dedicou a introduzir os fundamentos do nazismo na filosofia e em seu ensino. No seminário que apresentou no inverno de 1933-1934, e que se pode chamar de hitleriano, Heidegger identifica o povo à comunidade racial e ambiciona formar uma nova nobreza pra o Terceiro Reich. No entanto, ao contrário do que se poderia crer, longe de se enfraquecer depois de 1935, o nazismo de Heidegger torna-se mais radical. Em junho de 1940 ele fala da motorização da Wehrmacht (as forças armadas alemãs entre 1935-1946) como um 'ato metafísico' e, em 1941, qualifica a seleção racial de 'metafisicamente necessária'. Após a derrota do nazismo, suas opiniões sobre o nacional-socialismo e os campos de extermínio irão, por sua vez, alimentar o discurso dos movimentos revisionistas e negacionistas.
SOBRE O LIVRO:
Sem jamais dissociar reflexão filosófica e investigação histórica, Emmanuel Faye mostra que o relacionamento de Heidegger com o nacional-socialismo não pode ser resumido a um equívoco temporário de um homem cuja obra continuaria a merecer admiração e respeito. Ao participar da elaboração da doutrina hitleriana e posar de 'guia espiritual' do nazismo, Heidegger, em vez de enriquecer a filosofia, empenhou-se em destruir por meio dela todo pensamento, toda humanidade. É tarefa urgente frustrar tal intenção.'
Editora | EDITORA É REALIZACOES |
Edição | 1ª |
Ano da Edição | 2015 |
Autor | FAYE, EMMANUEL |
EAN13 | 9788580331974 |
ISBN | 9788580331974 |
Páginas | 608 |