A obra vai além da teoria: alerta para os riscos do uso indiscriminado da IA, como os vieses algorítmicos, a perda de criticidade, a violação de privacidade e a atrofia do raciocínio jurídico. Mais do que nunca, torna-se imprescindível o que o autor chama de “protocolo da humanidade”: a supervisão humana obrigatória e a centralidade da pessoa nas decisões jurídicas. Esse compromisso ético é o que confere sentido à presença da IA no Direito. Como adverte o autor, a violação desse “protocolo da humanidade” pode significar o rompimento de um pacto civilizatório. A mensagem é clara: a IA deve ser assessora, jamais substituta. Ferramenta, não juíza. Complemento, não consciência.
A IA é uma ferramenta indispensável, mas precisa ser usada com responsabilidade. O verdadeiro risco não está na tecnologia em si, mas na falta de preparo de quem a utiliza. Por isso, esta obra insiste na necessidade do letramento digital, da formação contínua e do olhar crítico sobre as ferramentas que hoje nos cercam. O profissional do futuro – como bem mostra o autor – será aquele que conseguir aliar conhecimento jurídico com inteligência estratégica no uso da tecnologia. Um verdadeiro gestor de soluções inteligentes.
Esta leitura não apenas informa – ela transforma. E se há um momento para mergulhar nesse tema, é agora. Que esta obra seja, para cada leitor, um ponto de partida para uma atuação jurídica mais estratégica, ética e humana – uma ponte entre o presente e o futuro do Direito.