A transformação digital tem impactado de forma crescente o universo jurídico e patrimonial, e um dos campos mais promissores para a aplicação da inteligência artificial (IA) está na gestão de holdings familiares e nos processos de inventário e partilha. Esses dois temas, diretamente ligados ao planejamento sucessório e à organização do patrimônio de famílias empresárias, tradicionalmente envolvem complexidade jurídica, emocional e operacional. A introdução da IA nesse cenário representa uma revolução silenciosa, mas extremamente significativa.
Uma holding familiar é uma estrutura jurídica usada para concentrar e proteger o patrimônio de uma família. Ela permite uma gestão mais eficiente de bens, facilita o planejamento sucessório e pode gerar economia tributária. Já o inventário e a partilha tratam da identificação e distribuição de bens após o falecimento de um ente querido. Ambos os processos, embora distintos, envolvem uma série de documentos, informações fiscais, decisões jurídicas e muitas vezes longas negociações familiares.