Este livro tem como objectivo explorar as ambiguidades que marcaram as relações entre Estado-Igreja no império colonial português, durante a I República. Este relacionamento tem sido visto essencialmente numa perspectiva metropolitana, deixando de lado a complexidade do mundo imperial e das dinâmicas que o caracterizavam. Não obstante a política missionária elaborada pelos republicanos na metrópole, a sua execução na realidade imperial deparou-se com diversos obstáculos, nomeadamente a pressão diplomática internacional, a intervenção de outros Estados, a presença de missionários protestantes e a actuação da Santa Sé.A relação Estado-Igreja no império português não foi feita apenas de confronto e oposição, tendo-se definido pela busca de um equilíbrio onde um e outro pudessem alcançar os seus propósitos. A República teve de dar continuidade a atitudes e opções definidas durante a Monarquia Constitucional, secundarizando de certo modo posições mais ideológicas, porque o cenário internacional não mudou a 5 de Outubro de 1910 e o palco onde os governos monárquicos haviam actuado mantinha-se no essencial o mesmo para os republicanos. A compreensão da questão religiosa no império implica factores imperiais e transnacionais, impondo a análise num âmbito alargado e incluindo o império português na história dos impérios contemporâneos, pois a “missão”, enquanto fenómeno histórico, inscreve-se num processo global.Neste livro abordam-se as diferentes discussões em torno da “missão”
Editora | EDICOES 70 |
Edição | 1ª |
Ano da Edição | 2015 |
Autor | DORES, HUGO GONCALVES |
EAN13 | 9724418346 |
ISBN | 9724418346 |
Páginas | 212 |