De um modo ou de outro, as vinte narrativas reunidas em A morte de Matusalém retratam os transtornos do amor, do sexo e da traição na vida de personagens desencantados e revoltados com os caprichos de Deus. No entanto, para Isaac Bashevis Singer não há contradição entre o desencanto mais amargo e o bom humor e a serenidade que só os sábios alcançam.Singer se desloca entre os dois universos que retratou como ninguém: o do judaísmo no Leste Europeu, ancestral e quase lendário; e o do cotidiano das comunidades de imigrantes judeus nos Estados Unidos, atravessado pelo desenraizamento moderno.