Aos 4 de setembro de 1990, sob a gestão da então prefeita de São Paulo, Luiza Erundina de Sousa, revelou-se a existência de 1.049 sacos com ossadas de mortos e desaparecidos políticos durante a ditadura civil-militar (1964-1985), descobertos em uma vala clandestina no Cemitério Municipal Dom Bosco, em Perus cujo trabalho de identificação, entre avanços e recuos, ainda prossegue.
Partindo daquele fato histórico, o autor percorre outros temas correlatos: direitos humanos; direito à memória; Lei da Anistia; tortura; Comissão Nacional da Verdade – CNV, justiça de transição e redemocratização. Apesar da promulgação da Constituição Federal de 1988, o ranço autoritário ainda persiste, em conjunto às tentativas de apagamento, relativização e de “novas versões” da história.