Em 'Primeiro como tragédia, depois como farsa' o filósofo Slavoj Zizek sustenta a tese de há uma nova etapa do capitalismo global, na qual o mesmo discurso que garantiu uma ofensiva geopolítica após os atentados de 11 de setembro tem encontrado dificuldade em se sustentar no período pós-crise financeira de 2008. Traçando uma argumentação tanto da tragédia como da farsa, o autor analisa o discurso do presidente Bush em dois momentos diferentes que evocam a suspensão parcial dos valores norte-americanos. As condições e consequências da crise em curso são abordadas em uma análise. Dividido em dois capítulos, o livro procura fazer um diagnóstico da ideologia capitalista e busca localizar aspectos dessa situação que abre espaço para novas formas de práxis comunista. Zizek propõe uma mudança de perspectiva, que questione a situação do ponto de vista da ideia emancipadora e não mais a pertinência desta como ferramenta de análise e prática política.