As novas tecnologias de reprodução foram inicialmente desveladas ao mundo com a promessa de superação, pela via científica, da realização do projeto parental àqueles casais inicialmente cerceados da capacidade natural de gerar. As incontingências fisiológicas humanas curvavam-se, finalmente, ao conhecimento científico que, alvissareiro, anunciava o domínio científico sobre as técnicas de reprodução humana. Seu intuito: a felicidade do casal, a concretização do sonho do tão esperado filho. Embora as novas tecnologias reprodutivas tenham satisfeito a finalidade inicial para a qual teriam sido demandadas, a busca continuou, transpondo outros limites, alçando vôo sobre dimensões antes inimagináveis. Hoje o meio científico se ocupa de experiências em torno da predição de patologias, experiências em torno da eugenia, iatrogenia, clonagem, etc. Seu intuito: o aperfeiçoamento do homem pelo homem e sua adequação às atuais contingências do mercado.