Como as tecnologias de geolocalização e a prova digital estão transformando o Direito e o Processo no Brasil? Esta obra coletiva, fruto de uma extensa pesquisa empírica e teórica, analisa a aplicação da geolocalização como meio de prova à luz da jurisprudência dos 24 Tribunais Regionais do Trabalho, do Tribunal Superior do Trabalho, Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal. O livro examina os critérios de admissibilidade, os limites constitucionais, e as tensões entre verdade processual, intimidade e proteção de dados pessoais, especialmente sob a égide da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Além da abordagem técnico-jurídica, o estudo investiga a negociação coletiva como espaço normativo relevante para o uso ético e legítimo da prova digital, incorporando reflexões sobre sindicalismo digital, vigilância algorítmica e novas formas de organização do trabalho. Sob a coordenação de dois expoentes do Direito brasileiro, o desembargador Luiz Eduardo Gunther e o advogado Marco Antônio César Villatore, a obra propõe uma leitura crítica e interdisciplinar da prova digital em tempos de capitalismo de vigilância, sendo leitura indispensável para quem deseja compreender os novos contornos do processo do trabalho na era da informação.
Aurélio Miguel Bowens da Silva (Organizador)