No Brasil, ninguém é racista. São sempre os outros. Numa pesquisa da Universidade de São Paulo, 97 dos entrevistados afirmaram não ter preconceito, mas 98 disseram conhecer pessoas que manifestavam, de algum modo, discriminação racial. O fato é que, na sociedade brasileira, tão marcada pela desigualdade e pelos privilégios, a raça fez e faz parte de uma agenda pautada por duas atitudes: a exclusão social e a assimilação cultural.Nesse contexto, torna-se especialmente importante pensar sobre o mito da nossa democracia racial. Amparado num resumo histórico dos padrões de discriminação e miscigenação, este livro chega a conclusões surpreendentes sobre os modelos de relacionamento racial em nosso país.