O modelo dominante de racionalidade ao longo das sociedades foi branco e masculino, ou branco e senhoril. É como se o homem, como gênero, tivesse se apropriado de domínios culturais, sobretudo os técnicos, integrado a um mecanismo de desvalorização de saberes e práticas que não se adaptam nessa razão técnica. Destaco o pronome “eles”, uma vez que os homens são maioria absoluta neste modelo de dominação. Mas não deixemos de falar do processo que engloba também as senhoras do patriarcado, as quais denomino como integrantes da patriarcada. Neste sentido, falo de um sistema não apenas formado por homens, mas também por algumas mulheres que, por se sentirem apartadas das problemáticas sociais, uma vez que vivem em melhores condições, acreditam que não há necessidade de se integrarem às lutas feministas. Mera incoerência e, sobretudo, desconhecimento do real papel do feminismo na sociedade mundial.