Entender que a IA deve servir ao direito e não o contrário é ponto basilar da obra em questão. O autor deixa claro que fatores como a dificuldade da linguagem algorítmica e a necessidade de “ler” a especificação argumentativa na forma de dados podem levar a problemas insuperáveis no dia a dia dos tribunais. Tais problemas impactam diretamente na aplicação repetitiva dos precedentes mal formulados e podem gerar consequências inquestionáveis na vida de muitos brasileiros.
Mesmo destacando estes vários problemas resultantes da aplicação dos sistemas de inteligência artificial implementados pelos tribunais brasileiros, o livro não se restringe a definir uma mera abertura das lacunas jurídicas e sociais existentes nesta relação. Como maior contribuição o autor destaca forma para superar os problemas destacados, definindo papel extremamente relevante para o jurista, como detentor do conhecimento e da compreensão de que a argumentação jurídica é e deve ser a base para a formação de todas as decisões.