Esta obra denuncia a crise que atravessa o Direito Penal, propugnando por um redimensionamento na hierarquia dos bens jurídicos, historicamente voltados à proteção de valores interindividuais. Nesse contexto, o autor aponta para a necessidade de uma relegitimação da atuação do Ministério Público, assumindo sua função de guardião dos interesses coletivos e sociais da Sociedade, no interior da qual o Direito Penal não deve ser instrumento de preservação e perseguição de delitos bagatelares, mas sim, da macrocriminalidade, responsável, em grande parte, pela perpetuação das injustiças sociais.